Sem Título-1 (1)

O que é reputação logística e como ela determina quais empresas irão liderar

O novo aumento do diesel deu o que falar no fim de semana causando grande alvoroço pelo país. Nem preciso dizer como os caminhoneiros receberam essa notícia não é?!

E não é para menos — absorver novo aumento de 14,24%, enquanto o último foi só há 39 dias?

Éh, Brasil não é para amadores mesmo!

Embarcadores e transportadoras mal acabaram de discutir os últimos repasses (ou não) na conta frete, fizeram bidding, discutiram tudo que podiam na eterna “briga” de custeio e já terão novas provocações para os próximos meses.

Os temores são de recessão global. O que provavelmente corroborará para queda dos commodities e acabará com o poder de compra do brasileiro. Que cá pra nós — já não está lá essas coisas.

Investimentos para o segundo semestre? Serão escassos.

Com a taxa Selic acima de 13%, investimentos tendem a ser adiados por motivos óbvios: investidores escondem a mão preferindo lucrar com essa linda taxa de juros sem risco algum.

Aparentemente, o segundo semestre promete ser extremante desafiador para o país e para gestores das empresas que, mais do que nunca, terão que vender bem, entregar com maestria e garantir melhor eficiência e produtividade operacional.

A REPUTAÇÃO LOGÍSTICA É MARKETING QUE POTENCIALIZA AS VENDAS

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Estamos vivendo a era da conveniência.

Acabei de escrever um mega artigo para a Revista Mundo Logística sobre a evolução tecnológica das torres de controle e a importância de uma nova economia pautada totalmente na jornada e experiência do cliente.

A revista estará nas bancas no mês de julho, entretanto, permita-me dar um pequeno spoiler aqui.

Nessa nova economia não se fala mais em físico e digital — é figital. Não é mais customer service — é customer experience. Não é mais intermodalidade — é multimodalidade. Multichannel é coisa do passado — o presente é omnichannel. Central de monitoramento é produto da era das cavernas — torres de controle e gestão 4.0 são às novas joias da coroa…

Satisfação total do cliente é a palavra de ordem e, do “outro lado”, performance e eficiência operacional é regra vital para não matar às margens e sobreviver em um cenário ultracompetitivo.

O consumidor, cada vez mais digital, mais que comprar online, utiliza a internet para se informar, pesquisar produtos e serviços, comparar preços, relacionamento das marcas e especialmente reputação logística de cada empresa…

…motivo campeão para abandono do carrinho no online e escolha de outra marca no físico.

O que significa dizer que a logística assumiu de vez o papel principal na nova economia.

TRÊS COISAS QUE VOCÊ DEVE FICAR DE OLHO À PARTIR DE ONTEM

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Um bom gestor de negócio terá que estar bastante antenado com aquilo que realmente acontece no dia a dia da sua empresa. Surpresas poderão custar um preço muito alto.

O gestor da nova economia deverá estar ligado nas pendências, mas, sem nunca esquecer das tendências.

Explico.

Tenho visto gestores atarefados, afundados, mergulhados nas burocracias e problemas operacionais comuns da rotina das empresas, e, por isso, cegos quanto às tendências.

O mundo é “figital”, contudo, nas empresas desses gestores existe pouca integração entre tecnologia, dados, processos e pessoas.

É, eu sei que mexi em uma ferida aberta que dói. Ninguém gosta que exponha sua dor para mundo. Mas, se serve de consolo, você não está sozinho — 86% das empresas estão nessa mesma condição.

Contudo, você chegou até aqui e, se tudo correr bem e você se atentar para os três pontos que vou sinalizar, a tendência é que você e sua empresa entrem para os 14% mais organizados.

1 – PREOCUPE-SE MAIS COM PESSOAS DO QUE COM A TECNOLOGIA

Calma. Respira fundo.

Eu sei que falei da nova economia e como ela vem impactando nossa maneira de consumir, se relacionar e fazer negócio.

Tecnologia é importante. E continuará sendo.

Contudo, mais importante que a tecnologia, são às pessoas responsáveis por se relacionar com seus clientes internos e externos.

Gente, pessoas, seres humanos; são o grande tesouro de seu negócio.

Trabalhe a cultura, defina a estratégia, envolva às pessoas e resolverá 70% dos problemas. Pode acreditar.

Os outros 30% ficam com sob “responsabilidade da tecnologia” que tem o dever de potencializar a experiência das pessoas. De todas às pessoas. Internas e externas.

Percebeu a importância das pessoas?! Tem tudo a ver com elas…

2 – DADOS, MÉTRICAS e KPI’s DEPENDEM MAIS DE PROCESSOS DO QUE DE TECNOLOGIA

O desafio de 95% das empresas não está exatamente na transformação digital, mas, no entendimento do que isso significa.

Tudo virou nuvem. Tudo virou licença do usuário. Todo mundo vive conectado…

Os robôs, algoritmos e aplicativos regidos pela inteligência artificial estão na vida de todo mundo.

No entanto, quando chego na maioria das empresas, me deparo com uma “bagunça processual” que me obriga a perguntar: como é possível que essa empresa consiga entregar seu produto final.

Basta um pouco mais de conversa e uma análise superficial e logo se vê que a tecnologia existe. Está lá. Às vezes até em excesso.

Porém —, desconectada. Separada. Excluída. Desacreditada…

Discutir tecnologias é uma delícia. Eu também gosto. Mas e o lastro processual? Quantos contratos “malfeitos” ou “mal amarrados” tem por aí? Quantas torneiras de desperdício estão abertas?

Pare de adquirir mais um sistema, mais um app, mais uma promessa milagrosa de prateleira.

Você não obriga processos e convence pessoas a vestir uma tecnologia. Tem que ser o contrário — aculture pessoas, padronize seus processos e só então busque a tecnologia ideal para vesti-los.

Notou que falei de tecnologia ideal e não da Nasa, não é?!

3 – SEJA TARADO POR ESSE TRIPÉ

Em toda palestra ou treinamento que dou sempre faço três perguntas que aparentemente são simples, mas, todo mundo trava quando vai responder:

  1. O que é logística?
  2. O que é melhoria contínua?
  3. Quem é nosso cliente?

Às pessoas travam porque peço para que expliquem de uma maneira que até uma criança entenderia.

Aliás, se você não souber explicar para uma criança é porque você não domina muita a parada. Fica o alerta.

Gente, às explicações vão ao extremo da complexidade.

Por fim, digo o que todo mundo no fundo sabe:

  1. Logística é: um olhar para tempos, movimentos e eficiências.
  2. Melhoria contínua é: hoje fazer um pouco melhor que ontem e amanhã um pouco melhor que hoje.
  3. Nosso cliente é: todos aqueles que estão a minha frente e são impactados direto ou indiretamente pelo que faço?

Preste atenção nesse tripé.

Se você estiver atento aos tempos, movimentos e eficiência; aplicando a filosofia e ferramentas da melhoria contínua e sempre buscando a satisfação do seu cliente.

Seja ele interno ou externo você conseguirá vantagem competitiva.

***

Crises, podemos até prever, mas, não podemos controlar (nem todas pelo menos).

Nessa nova era da conveniência nosso papel é garantir a reputação logística do negócio: satisfação total do cliente e performance operacional. Mantendo assim a saúde financeira do negócio.

Não se esqueça nunca que a logística ganhou papel de marketing reputacional:

O consumidor, cada vez mais digital, mais que comprar online, utiliza a internet para se informar, pesquisar produtos e serviços, comparar preços, relacionamento das marcas e especialmente reputação logística de cada empresa…

Vai lá e encante seus clientes.

Até à próxima!