A logística moderna está cada vez mais sofisticada e vem empregando conceitos que invadem o dia a dia das organizações e causam verdadeira revolução no modus operandi.
Modelos logísticos como Fulfillment, Omnichannel, logística 4.0, Control Tower, Milk Run, Just in time, Crossdocking, Last Mile e outros, estão na boca e no planejamento estratégico das corporações.
O que é muito bom, pois, a logística é a ciência dos detalhes e há muito tempo venho alertando que ela se tornou grande diferencial competitivo e o coração dos negócios em tempos modernos.
E nesse cenário rápido, tecnológico e informativo, todos esses conceitos logísticos passaram a ser experimentados em busca de aumentar a performance, reduzir tempos e movimentos, aumentar a qualidade e controlar os custos com logística, especialmente no Last Mile.
O que faz do conceito a bola da vez na logística moderna.
POR QUE A LOGÍSTICA LAST MILE É A BOLA DA VEZ
Os gigantes de mercado já entenderam há muito tempo a importância da logística Last Mile. E é exatamente por isso que são gigantes e cada vez estão crescendo mais.
Nem precisa ser um especialista em logística para perceber a corrida dos grandes marketplaces como Magalu, B2W, Amazon e Mercado livre, na busca por melhorar sua capacidade em reduzir os tempos e custos da logística.
Grandes centros de distribuição estão sendo abertos todos os meses para aproximar os estoques dos grandes centros do país, tecnologias de ponta são incorporadas, matemáticos contratados para desenvolverem algoritmos, pequenas redes de transportadoras são construídas ou compradas…
E tudo isso para melhorar as condições da Last Mile, pois, com a competição de mercado extremamente acirrada, cada cliente tornou-se um potencial vassalo que cedo ou tarde deixará seu tributo nos altares desses Marketplaces.
E O QUE SERIA ESSA TAL DE LOGÍSTICA LAST MILE?
Em tradução simples e direta seria a última (last) milha (mile), e como em unidade de medida uma milha corresponde a 1.609,344 metros, a logística Last Mile deveria ser a última perna logística, ou seja, os 1,6 kms finais de uma entrega.
Eu disse deveria…
Contudo, a Last Mile extrapolou sua etimologia e acabou se tornando um conceito logístico importante (e preocupante) para as empresas que buscam encantar seus clientes, otimizar as operações e reduzir seus custos.
Bastante difundida na logística de lojas online, a Last-Mile refere-se a etapa final do transporte onde a mercadoria sai do centro de distribuição para o destino final, seja para clientes B2B (CNPJ) ou B2C (CPF).
Como sabemos o transporte é a fatia mais cara da logística, podendo comprometer até 2/3 do custo total, logo, é fácil entender porque o Last Mile é a bola da vez, visto que estamos falando da etapa CD-cliente.
Uma etapa capaz de encantar clientes ansiosos acostumados ao utópico “frete grátis” e entregas em D+0 ou no máximo D+1, mas, responsável também pela destruição da margem dos produtos e/ou perdas de clientes pelas intempéries operacionais dessa fase da cadeia.
Vale citar que antes da Last Mile temos a First Mile (primeira milha) e o Middle Mile (milha meio) que fecham as três partes, ou blocos da cadeia logística.
Agora que você conheceu um pouco mais da logística da última milha, vamos entender como aplicar os melhores conceitos para otimizá-la.
OTIMIZANDO A LOGÍSTICA DA ÚLTIMA MILHA
Algumas medidas importantes podem, e devem, ser adotadas para otimizar a última milha.
Poderia perfeitamente fazer uma lista aqui, e trabalhar cada item apontando para importância de:
Planejamento, negociação, roteirização, tecnologias embarcadas, agendamento, monitoramento, definição e padronização de escopo, KPI’s de gestão, SLA’s mínimos exigidos, importância da multimodalidade, posicionamento estratégico do CD’s, comunicação assertiva e pessoas preparadas e engajadas.
E de fato, todo esse pacote atenderia a otimização da última milha, entretanto, todo ele passa pelos pilares de tecnologia, processos e pessoas.
Que é exatamente a metodologia que sustenta uma Torre de Controle Logístico: capaz de reduzir os custos com a operação em mais de 30%…
…Maximizando a performance e eficiência dos ativos, através de monitoramento ativo da operação, redesenho dos processos e envolvimento e treinamento das pessoas através de ferramentas de gestão das quais falarei com mais detalhes no próximo artigo.
Ah, e atenção!
Tem muita torre de controle sendo implantada que acaba por não entregar o resultado prometido. E isso tem um motivo não tão óbvio, mas simples.
No próximo artigo falarei todos esses pontos.
Até à próxima!
Achiles Rodrigues